Efésios

Amigos próximos e seguidores das redes sociais sabem que minha cantora preferida é a Fernanda Brum. Tenho praticamente todos os álbuns dela e também o seu livro "E foi assim...".

Uma das minhas músicas preferidas chama-se "Efésios". A letra - composta por Kleber Lucas - tem como tema a perseguição aos cristãos.

Efésios

Conhecer a Cristo
Desejar segui-Lo até o fim
Confessar Seu nome
Eu não posso me calar
E assumir as consequências desse amor, seja onde for
Me entregar como Ele se entregou
Mártir do amor

Roma, Babilônia, o Rei está voltando
O sangue dos justos ainda está clamando
Roma, Babilônia, o Rei está voltando
E a noiva de Cristo está se preparando
Ôô ôô

Adorar a Cristo
Seja em liberdade ou prisões
Pertencer a Cristo
Ter as marcas do Seu nome
E assumir as consequências desse amor
Seja onde for
Se entregar como Ele se entregou
Mártir do amor


Contudo, a deputada do Psol/RS, Fernanda Melchionna, disse em uma comissão em Brasília: "Eu nunca vi um cristão ser assassinado por ser cristão". 

Bom, é complicado tecer alguma opinião sobre uma citação infeliz como essa porque a esquerda, de um modo geral, reconhece apenas uma única "religião": sua ideologia. Sequer leem a Bíblia, então não podemos cobrar que certas pessoas tenham conhecimento desse tema, ainda que seja notório para praticamente todo o mundo.

Portanto, me propus a mostrar a esta "nobre" deputada e aos demais as atrocidades cometidas contra os cristãos. 

O próprio Senhor Jesus já havia advertido aos seus discípulos quanto a isso: 

"Então vos hão de entregar para serdes atormentados e matar-vos-ão; e sereis 
odiados de todas as nações por causa do meu nome" (Mateus 24.9 - ACF)


A primeira perseguição sofrida pelos discípulos e demais fieis ocorreu através dos saduceus, uma seita que não cria na ressurreição dos mortos. Por disseminarem desta crença, Pedro e João foram presos (Atos 4.1-22/5.17-32).

Após isso, alguns que eram de Cirene, Alexandria, Cilícia e Ásia discutiram com Estêvão, ao ponto de não conseguirem refutá-lo. Então, estes levantaram falso testemunho contra ele, e o levaram ao Sinédrio para julgamento. Estevão foi o primeiro mártir da igreja primitiva (Atos 7.54-60).

Segundo a Bíblia, naquele dia se levantou grande perseguição contra a igreja, encabeçada por Saulo, que arrancava as pessoas de suas casas e as encerrava na prisão (Atos 8.1-3)

Porém, quanto maior era a perseguição, mais almas se convertiam.

Após isso, a perseguição passou a vir do governo. Herodes Antipas (filho de Herodes, o Grande, mais conhecido como tetrarca; foi o Herodes da paixão de Cristo) mandou prender alguns; nessa, Tiago, irmão de João, foi assassinado. 

Também mandou prender Pedro novamente (Atos 12.1-3)

Após a sua conversão, Paulo foi açoitado e preso outras vezes. 

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O Imperador Cláudio (Tibério Cláudio César Augusto Germânico (reinado de 41 a 54 A.D) expulsou judeus e cristãos de Roma. Segundo relato de Suetônio:

"Porque os judeus em Roma causaram contínuos distúrbios na instigação de 
Chrestus ele [Cláudio] os expeliu da cidade".(Os Doze Césares, vida de 
Cláudio)

Chrestus tem sido identificado como outra forma de Christus; os distúrbios podem ter sido relacionados com a chegada dos primeiros cristãos em Roma, e que as autoridades romanas, falhando em distinguir entre os judeus e os cristãos primitivos, simplesmente decidiram expeli-los todos.

Em outra citação, Suetônio menciona:

"[durante o reinado de Nero] Punições eram também infligidas nos cristãos, uma seita professando uma nova e travessa crença religiosa" (Os Doze Césares, vida de Nero)

Sobre o incêndio em Roma em 64 A.D, Tácito diz:

"Conseqüentemente, para se livrar do relatório, Nero prendeu a culpa e infligiu as torturas mais deliciosas de uma classe odiada por suas abominações, chamadas de cristãos pela população. Christus, de quem o nome teve sua origem, sofreu a penalidade extrema durante o reinado de Tibério nas mãos de um dos nossos procuradores, Pôncio Pilatos, e uma superstição mais travessa, assim verificada no momento, novamente estourou não só na Judéia , a primeira fonte do mal, mas mesmo em Roma, onde todas as coisas hediondas e vergonhosas de todas as partes do mundo encontram seu centro e se tornam populares. Assim, foi feita uma prisão de todos os que se declararam culpados; então, após sua informação, uma imensa multidão foi condenada, não tanto pelo crime de atirar na cidade, quanto pelo ódio contra a humanidade. Zombarias de todo tipo foram adicionadas às suas mortes. Cobertos com peles de feras, eles foram rasgados por cães e morreram, ou foram pregados em cruzes, ou foram condenados às chamas e queimados, para servir como iluminação noturna, quando a luz do dia tinha expirado. Nero ofereceu seus jardins para o espetáculo, e estava exibindo um espetáculo no circo, enquanto ele se misturava com as pessoas com o vestido de um cocheiro ou ficava no alto de um carro. Assim, mesmo para os criminosos que mereciam punição extrema e exemplar, surgiu um 
sentimento de compaixão; pois não era, ao que parece, para o bem público, mas para exagerar a crueldade de um homem, que eles estavam sendo destruídos." (Anais, XV.44)

Gregório de Tours, historiador galo-romano e bispo, em sua obra Decem Libri Historiarum ("Dez Livros de História"), mais conhecida como Historia Francorum ("História dos Francos"), relata o seguinte:

"Sob o imperador Décio muitas perseguições surgiram com o nome de Cristo, e não havia tal abate daqueles que acreditam que eles não poderiam ser contados. Babillas, bispo de Antioquia, com três filhos pequenos, Urbano, Prilidan e Epolon e Xystus, bispo de Roma (...) Valens e Novationist especialmente os principais hereges contra nossa fé, o inimigo incitando. Desta vez, os sete homens como bispos na França foram enviados a proclamar, como a história do santo mártir Saturnino relaciona. Pois ele diz: Sob o reinado de Décio e Gratus, como memória fiel lembra, pela primeira vez, fez o topo da cidade de Toulouse recebeu o Santo Saturnino tinha começado a ter um padre para nós. 
Neste ponto, portanto, foram enviados são os seguintes: bispo de Tours, bispo 
de Arles bispo Paul para Narbonne; o bispo, o bispo Saturnino de Toulouse, o 
bispo Dionisius a Paris, o Arvernos, detém Stremonius ao bispo, o bispo de 
Martial para Limoges. E destes o bendito Dionisius, bispo de Paris, em nome do nome de Cristo torna-se afetada, sanções diferentes, e a vida presente pela 
espada ameaçadora terminou seus dias. E Saturnino, já certo de seu martírio 
lá, disse a seus dois padres: "Eis que agora estou pronto para ser oferecido, e o tempo da minha morte se aproxima. Pergunto-lhe, a fim de que, mesmo até chegarem ao fim, ela desaparece de você, não deixe-me em tudo'. E quando eles tinham arrastado para a capital foram levados, ele foi abandonado por eles, e foi arrastado sozinho. Portanto, quando um dos todos os tempos, orou assim: "Senhor Jesus Cristo, conceda meu santo céu, esta igreja nunca pode ter o mérito dos cidadãos para sempre. O que sabemos até agora agora na mesma cidade. Mas aqui há um banco íngreme do Capitólio, e os pés de um touro bravo, ele terminou sua vida. VI VII VIII, Trófimo, e Marcial, Stremonius, Paul, na maior santidade, vencendo a fé de Cristo entre todos, um aberto e dilatadas, e as pessoas à igreja, confessando a fé. Assim, o ex-pelo martírio do que a confissão deixou a terra eo céu estavam unidos." 

A Grande Perseguição, como é chamada a perseguição de Diocleciano, foi considerada a mais sangrenta no Império Romano. Em 303, o imperador Diocleciano e seus colegas Maximiano, Galério (reinado de 293 a 311) e Constâncio Cloro (reinado de 293 a 306) emitiram uma série de éditos em que revogavam os direitos legais dos cristãos e exigiam que estes cumprissem as práticas religiosas tradicionais. Decretos posteriores dirigidos ao clero 
exigiam o sacrifício universal, ordenando a realização de sacrifícios às divindades romanas. A perseguição variou em intensidade nas várias regiões do império: as repressões menos violentas ocorreram na Gália e Britânia, onde se aplicou apenas o primeiro édito; enquanto que as mais violentas se deram nas províncias orientais. Embora as leis persecutórias tenham indo sendo anuladas por diversos imperadores nas épocas subsequentes, tradicionalmente o fim das perseguições aos cristãos foi marcado pelo Édito de Milão de Valério Licínio e Constantino, o Grande.

No início do quarto século em 310 o imperador Geta (Públio Septímio Geta) mandou perseguir os cristãos, tortura-los e puni-los com morte.

Edward Gibbon, em seu "Declínio e Queda do Império Romano", estima que o número de mortos nesta última perseguição tenha chegado a mil e quinhentos, "num sacrifício anual de 150 mártires".

Os cristãos foram perseguidos pelos persas a partir do ano 337, por serem tidos como traidores amigos de uma Roma cada vez mais cristianizada.

O rei gótico Atanarico, nos séculos terceiro e quarto, iniciou uma política de perseguição aos cristãos, levando muitos deles à morte.

No século VI Dhu Nwas, rei judeu do Himiar (no Iêmen), moveu um massacre contra os cristãos da península Arábica em 518 (ou 523) A.D., destruindo as cidades cristãs de Zafar e Najaran e queimando suas igrejas e matando quem não renunciasse ao cristianismo.

Desde a época da Grande Guerra Turca (1683-1699), as relações entre muçulmanos e cristãos nas províncias européias do Império Otomano se radicalizaram, assumindo gradualmente formas mais extremas e resultando em chamados ocasionais de alguns líderes religiosos muçulmanos para expulsão ou extermínio dos cristãos locais e também dos judeus. 

Durante a revolta búlgara de 1876 e a guerra russo-turca de 1877–1878, a perseguição da população cristã búlgara foi conduzida por soldados turcos que massacraram civis, principalmente em Panagjurište, Peruštica, Bracigovo e Batak. Durante a guerra, cidades inteiras, incluindo Stara Zagora, foram destruídas e a maioria de seus habitantes foram massacrados, sendo o resto expulso ou escravizado. As atrocidades incluíram empalar e queimar pessoas vivas. Ataques semelhantes foram realizados por tropas turcas contra cristãos sérvios durante a Guerra Sérvio-Otomana (1876–1878).

Um grande massacre de comunidades cristãs assírias e armênias no Império Otomano ocorreu entre 1894 e 1897 e foi cometido por tropas turcas e seus apoiantes curdos durante o governo do sultão Abdulamide II (Massacres hamidianos). Os motivos para esses massacres foram uma tentativa de reafirmar o pan-islamismo no Império Otomano, o ressentimento da riqueza comparativa das antigas comunidades cristãs nativas e o medo de que estas tentassem se separar do decadente Império Otomano. Assírios e armênios foram massacrados em Diarbaquir, Hasankeyf, Sivas e outras partes da Anatólia e do norte da 
Mesopotâmia, pelo sultão Abdulamide II. Esses ataques causaram a morte de dezenas de milhares de assírios e armênios e a "otomanização" forçada dos habitantes de 245 aldeias. As tropas turcas saquearam os assentamentos restantes que foram tomados e ocupados pelos curdos muçulmanos. Mulheres e crianças cristãs desarmadas foram estupradas, torturadas e assassinadas.

O governo dos Jovens Turcos do Império Otomano, em colapso em 1915, perseguiu populações cristãs orientais na Anatólia, Pérsia, norte da Mesopotâmia e Levante. 

O ataque do exército otomano, que incluiu forças não regulares curdas, árabes e circassianas, resultou em um número estimado de 3,4 milhões de mortos, divididos entre cerca de 1,5 milhões de cristãos armênios. A enorme limpeza etno-religiosa expulsou do império ou matou os armênios e os búlgaros que não se converteram ao islamismo. O genocídio levou à devastação de antigas populações cristãs nativas que existiram na região há milhares de anos.

O governo nazista, liderado por Adolph Hitler, não permitia qualquer culto sem autorização do governo. católicos, protestantes e até Testemunhas de Jeová sofreram com o regime totalitário do ditador.

Hitler eliminou rapidamente o catolicismo político, e milhares de pessoas foram presas. Em 1940, um quartel de clérigos foram enviados pelos nazistas ao Campo de Concentração de Dachau. De um total de 2720 clérigos enviados ao campo de Dachau, a grande maioria, por volta de 2579 (ou 94,88%) eram católicos – cerca de quase 400 padres alemães. Os colégios católicos na Alemanha foram eliminados em 1939 e a imprensa católica em 1941. Com a expansão da guerra no Leste em 1941, também veio o aumento dos ataques à Igreja na Alemanha. Monastérios e conventos foram fechados e começou a expropriação dos bens da igreja. Os mais afetados foram especialmente os jesuítas. Bispos alemães acusaram o Reich de uma "opressão injusta e odiosa contra Cristo e a sua Igreja".

Nas áreas polonesas anexadas pela Alemanha uma perseguição severa foi lançada em 1939. Nelas, os nazistas desmantelaram sistematicamente a Igreja – prendendo lideranças, exilando clérigos, fechando igrejas, monastérios e conventos. Muitos clérigos foram assassinados. Pelo menos 1811 sacerdotes poloneses morreram em campos de concentração nazistas. O plano de alemanização do Leste de Hitler não via espaço à Igrejas Cristãs. A Igreja também foi tratada duramente em outras regiões anexadas, como a Austria sob o Gauleiter de Vienna, Odilo Globocnik, que confiscou propriedades, fechou organizações católicas e enviou muitos padres para Dachau. Nas terras Tchecas ordens religiosas eram suprimidas, escolas fechadas, instrução religiosa proíbida e padres enviados à campos de concentração.

A política marxista-leninista soviética defendia consistentemente o controle, supressão e a eliminação de crenças religiosas, e encorajou ativamente o ateísmo durante a existência da União Soviética.

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Em pleno Domingo de Páscoa, radicais muçulmanos realizaram uma série de ataques a igrejas em Sri lanka. O número de mortos chegou a 290 e 500 os de feridos. 

Recentemente, o maior simbolo do catolicismo da França, a catedral de Notre Dame, sofreu um incêndio, que alguns tem como criminoso. Isso porque apenas na França, em média de duas igrejas são profanadas todos os dias. Segundo o site de notícias alemão PI-News, 1.063 ataques a igrejas ou profanações de símbolos cristãos (crucifixos, figuras, estátuas) foram registrados na França em 2018. 

Isso representa um salto de 17% em relação ao ano anterior (2017), quando foram registrados 878 ataques — o que significa que esses ataques estão indo de mal a pior.

Na Alemanha, relatos da mídia local também mostram que os ataques às igrejas são uma dura realidade enfrentada pelos cristãos germânicos. Quatro igrejas foram profanadas e / ou incendiadas no país, somente no mês de março."Cruzes são quebradas, altares destruídos, Bíblias incendiadas, pias batismais derrubadas e as portas das igrejas pichadas com expressões islâmicas do tipo ''Allahu Akbar", apontou o site.

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Como a letra citada no início deste artigo, os cristãos não tem se calado e tem assumido as consequências, com a própria vida, do amor e obediência a Jesus. Tem se entregado como Cristo se entregou, tem padecido, carregado as marcas do seu Nome, passado por privações durante toda a história, unicamente por serem fiéis a Nosso Senhor. 

Avisem à deputada do psol que, ao contrario do deus Lula, Jesus honra a sua palavra:


"Aquele, porém, que perseverar até o fim, este será salvo" (Mateus 24.13)

"Certamente, venho sem demora. Amem! Vem, Senhor Jesus!" (Apocalipse 22.20)




FONTE:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Persegui%C3%A7%C3%A3o_aos_crist%C3%A3os#cite_note-35

https://guiame.com.br/gospel/noticias/franca-teve-mais-de-1000-ataques-igrejas-e-simbolos-cristaos-em-apenas-um-ano.html

Comentários

  1. Excelente texto. Trabalho extremamente apurado e profundo. Parabéns pela pesquisa!!

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